Felipe Mortara, ESTADÃO.EDU - O Estado de S.Paulo
Marcio Fernandes/AE
Demora. Ônibus fez Fernanda Vasques perder a prova
O momento de preencher o cartão-resposta também é dos mais traiçoeiros. "Depois de cinco horas, eu lia a questão 2 e preenchia a de número 3 no gabarito. Estava exausta", conta Melissa Silva. Ana Laura Fanstone prefere marcar assim que conclui cada pergunta. "Quando tenho certeza, já preencho. Parece que estou perdendo tempo, mas pelo menos não corro risco."
Mas não é só no final da prova que a falta de atenção pode tirar pontos. Antes do exame, os fiscais de sala dão instruções que muitas vezes são ignoradas. "Tem de escutar com calma o que eles dizem, porque se algo der errado, quem vai mal sou eu", diz Rafael Polito, de 17 anos.
Novas regras, como a proibição de aparelhos eletrônicos, até mesmo relógios, também podem pegar alunos desprevenidos. "Fizemos vários simulados no cursinho, mas até agora não avisaram que só poderemos usar caneta preta", diz Amanda Bonfim, de 17 anos, que tenta uma vaga em Engenharia.
"A peculiaridade do Enem é a extensão da prova. Sugiro fazer pausadamente. Assim fica menos desgastante e diminuem as chances de engano", aconselha o professor Edmílson Motta, coordenador geral do Etapa.
Apesar de o ministro da Educação, Fernando Haddad, ter declarado que solicitou perguntas mais sucintas, as questões tendem a ser longas. "Existem enunciados muito amplos, mas que contêm informações úteis para resolver o problema", aconselha Daniel Teodoro, professor de matemática do Universitário.
A gestão do tempo costuma ser determinante no resultado. "O tempo é muito curto, acabo chutando as últimas perguntas", conta Yasmim Bueno.
Pontualidade
No ano passado, Fernanda Vasques, de 19 anos, chegou 1 minuto após o fechamento dos portões. “Saí de casa com uma hora e meia de antecedência, mas o ônibus custou a passar.”
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