terça-feira, 19 de outubro de 2010

Revisão para o Enem História

1- Sobre o feudalismo, Jacques Le Goff, conhecido medievalista francês, afirmou:

“Um sistema de organização econômica, social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados – os senhores -, subordinado uns aos outros por hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que viver”.
Le Goff, Jacque. Para um novo conceito de Idade Média. 1980.

De acordo com o trecho acima e com seus conhecimentos sobre o assunto se pode concluir que:

a) a religiosidade não influenciou na organização do sistema feudal.
b) a fidelidade era a base sobre a qual se firmavam os laços feudais, e neles ficavam estabelecidos os direitos e as obrigações de ambas as partes.
c) foi nesse período que o Estado, através da figura do rei, adquiriu grande poder de ação conseguindo, com sucesso, enfrentar as resistências internas.
d) constituiu-se numa forma política e social de organização, baseada na exploração comercial envolvendo basicamente burguesia e camponeses.
e) os vínculos de dependência senhorial impediram o desenvolvimento econômico da nobreza e permitiram fortes mobilizações camponesas decisivas para a rápida crise do sistema.

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Com base na imagem é possível concluir que:

a) As representações indicam a capacidade dos europeus de perceberem a realidade tal e qual a mesma se apresentava.
b) Na representação de D a cabeça sem o corpo indica os conflitos entre europeus e povos nativos.
c) Os quatro continentes representados por figuras femininas são indícios de que a sociedade que as construiu era matriarcal.
d) A presença de serpentes e leões em C indicam o respeito à região durante a época Moderna.
e) A posição dominante de A faz-se presente por intermédio de símbolos como a coroa e pela representação da abundância.


3 - Reformas religiosas, Renascimento e Humanismo são movimentos europeus dos séculos XV e XVI, integrantes de um mesmo conjunto de fenômenos que, nos planos religioso, artístico, cultural, filosófico, político e econômico revelaram:

a) As crises decorrentes do confronto dos comportamentos e idéias da sociedade feudal, com aqueles relacionados à sociedade capitalista em formação.
b) a substituição do individualismo que caracterizava a sociedade medieval em oposição ao coletivismo, típico da sociedade dinâmica que então se constituía.
c) a expressão de traços culturais, uma vez que nos remeteu da Idade Média à Modernidade e, em sentido oposto, ao Mundo Antigo.
d) a convergência dos interesses dos humanistas-renascentistas com as concepções doutrinárias do clero secular católico de vocação escolástica.
e) um profundo revigoramento da espiritualidade do homem e da valorização da vida voltada para as coisas do espírito em detrimento da valorização das coisas materiais.


4 - “O movimento expansionista dos ibéricos no século XV foi um reflexo ao mesmo tempo de aspirações especificamente ibéricas e de aspirações européias mais gerais no final da Idade Média”.
J Elliot. A conquista espanhola e a colonização da América.
De acordo com o texto e levando em consideração a conquista da América, pode-se afirmar que:

a) Dentre as aspirações européias mais gerais destacava-se o interesse pela conversão de povos ainda desconhecidos dos europeus.
b) Do ponto de vista ibérico a conquista da América resolvia a crise econômica que assolava seu comércio no oriente.
c) Quando se refere a aspirações especificamente ibéricas, o texto faz referência à necessidade de estabelecer a paz entre Espanha e Portugal no século XV.
d) São consideradas aspirações europeias mais gerais, dentre outros, soluções para a pequena oferta de mão-de-obra e para as perturbações econômicas e sociais causadas pelas devastações da Peste Negra.
e) A conquista do Novo Mundo constituía para as sociedades ibéricas uma “válvula de escape” das pressões católicas.


5 - “Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigadas os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião[...]. O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve está pronto a fazer o mal, se necessário.”

MAQUIAVEL. O príncipe.

Da leitura do trecho é possível concluir:

a) A proposta de Maquiavel expressa no fragmento indica um pensamento de base utópica.
b) O pensamento de Maquiavel conduz a um militarismo sem limites na medida em que defende uma atuação maléfica por parte dos governantes.
c) Que a centralização das monarquias absolutistas não necessitava das bênçãos da Igreja.
d) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto como os movimentos reformistas espalhados pela Europa.
e) Para alcançar a plenitude na política, os reis precisavam de autonomia e não poderiam estar submetidos a nenhuma insituição, nem mesmo à Igreja Católica.

6 - O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:

1.o – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;
2.o – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;
3.o – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;
4.o – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.
A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás
corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e
costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos
séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).

Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que
(A) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste
os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.
(B) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser
identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo
cultural comum.
(C) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a
Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.
(D) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma
mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.
(E) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII,
diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.

7 - Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos
econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho
de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos
braços do povo. [...] Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através
da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.
VARGAS, Getúlio. Carta Testamento, Rio de Janeiro, 23/08/1954 (fragmento).
Disponível em: .
Acesso em: 26 jun. 2009.
O contexto político tratado refere-se a um significativo período da história do Brasil, o 2º Governo
de Vargas (1951-1954), que foi marcado pelo aumento da infiltração do Partido Comunista
Brasileiro (PCB) nos sindicatos e pelo distanciamento entre Getúlio e os militares que o haviam
apoiado durante o Estado Novo. O conteúdo da carta testamento de Getúlio aponta para a
(A) existência de um conflito ideológico entre as forças nacionais e a pressão do capital
internacional.
(B) tendência de instalação de um governo com o apoio do povo e sob a égide das
privatizações.
(C) construção de um pacto entre o governo e a oposição visando fortalecer a Petrobrás.
(D) iminência de um golpe protagonizado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB).
(E) pressão dos militares contra o monopólio estatal sobre a exploração e a comercialização do
petróleo.

8 - Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas.

(…) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior freqüência, tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...).

Neste texto, Jean de Léry

A) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos.
B) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de “selvagens”.
C) reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos europeus.
D) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades.
E) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos pelos católicos.


9 - A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho.

GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado).

Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para

A) conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço, após anos de lutas sindicais.
B) promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil entendimento.
FísicaC) estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos trabalhistas.
D) consolidar a imagem de Vargas como um governante protetor das massas.
E) aumentar os grupos de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro.

10 - No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:

Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.

AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.

O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende

A) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças.
B) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas.
C) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.
D) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.
E) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.
 

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